Entrevista a Vega Gimeno, jogadora de basquetebol na modalidade 3x3
Vega Gimeno partilha nesta entrevista a sua paixão pelo basquetebol 3x3, uma modalidade que descobriu em 2014 e que a cativou pela sua dinâmica e pela importância do trabalho em equipa. Reflete sobre a sua experiência olímpica, destacando o impacto emocional de conquistar uma medalha e viver esse sonho com os seus entes queridos. Embora o seu futuro profissional não esteja totalmente definido, Vega deseja continuar ligada ao desporto e explorar novas facetas da indústria, impulsionada pela sua formação em Ciências Ambientais e o seu Mestrado na área desportiva. Além disso, valoriza o crescimento do basquetebol 3x3 em Espanha e acredita no seu futuro após o sucesso nos Jogos Olímpicos.
Como viveste a transição para o 3x3? O que te atraiu nesta modalidade?
Comecei no 3x3 em 2014 e desde então fiquei completamente apaixonada. É uma disciplina muito dinâmica, rápida, que exige muitas decisões rápidas, onde o sentimento de equipa tem mais valor do que nunca, há muita permissão para o contacto… é necessário saber fazer de tudo na pista e, para mim, é uma modalidade super atraente para os espectadores.
Qual é o balanço deste sonho olímpico?
O balanço é extremamente positivo, o que posso dizer? Temos uma medalha olímpica! Já era um sonho apenas ir aos Jogos… mas conquistar a medalha foi ainda melhor. Aproveitámos cada momento, desde a cerimónia de abertura até à entrega das medalhas. E ainda tive a sorte de ter toda a minha família e amigos de Valência, e alguns de fora, comigo em todos os momentos, poder partilhar isso com eles fez tudo ainda mais inesquecível.
Quais são os teus planos para o futuro? Como a tua formação na Unisport pode contribuir para esses planos?
Ainda não tenho tudo claro ou fechado, mas quero tentar manter-me no mundo do desporto. Tenho o curso em Ciências Ambientais e o Mestrado de Ensino em Biologia e Geologia, mas nada relacionado com o desporto. Este Mestrado pode abrir-me portas, pode ensinar-me como funciona tudo “do outro lado”, já que muda muito ver como desportista e depois ver como dirigente, organizadora ou gestora. Gosto da forma como está estruturado e da quantidade de material disponível, estou a tentar absorver o máximo possível.
Conta-nos um pouco sobre a tua história, como chegaste ao basquetebol?
Comecei a jogar na minha escola, o Colégio do Pilar, em Valência, com cerca de 10 anos. A minha escola tem uma grande tradição desportiva e, com as minhas amigas, inscrevemo-nos no basquetebol para passarmos mais tempo juntas e, acima de tudo, para nos divertirmos.
Aos 14 anos, fui para Barcelona, para a residência Joaquín Blume, destinada a atletas de alto rendimento. Estive lá durante 4 anos e depois fui para os Estados Unidos viver a experiência universitária americana… Após a experiência americana, voltei para Espanha e comecei a minha carreira profissional. Joguei e viajei por todo o mundo.
Dados os últimos sucessos olímpicos, como vês o presente e o futuro deste desporto no nosso país?
Como se costuma dizer: "O difícil não é chegar, o difícil é manter-se". O presente é que o 3x3 é uma realidade e tem cativado muita gente. Fomos a disciplina mais vista nos Jogos Olímpicos, esse dado está aí. Portanto, o futuro tem de ser, no mínimo, empolgante. Espero que continuem a apostar seriamente em nós, na modalidade, porque isto é apenas o começo.